quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ANTIGUIDADE OCIDENTAL - ROMA

História da Antiguidade Ocidental

Notas de aula do Carlos Eduardo

O exército romano era formado pelas centúrias (grupos de cem) mas nem sempre obedecia este número, era composto de patricios e pebleus, e muito organizado. Dividido em enfantaria e cavalaria, o exercíto a partir de meados da república era formado por classes, a 1º classe é formada por patrícios e pebleus ricos, eram os propretários de cavalos e tinhamn todo o equipamento de guerra (escudo, elmo, lança, coraça do peito etc) na 2º classe o indivíduo só tinha a lança o dardo e a espada. Na 3º classe o dardo e a espada. Na 4º classe o sujeito só tinha a lança e o dardo. Na 5º classe a funda (estilingue) e também tinha o músico. O último grupo e o sentinela o mensageiro que não pertencia a nenhuma classe. A convocação era obrigatória dos 18 aos 46 anos no caso de deserção eram condenados a morte , geralmente tinham a cabeça arrancada.

A situação se agrava tanto que os pebleus que perderam tudo com a chegada dos escravos começam a realizar saques, estupros e roubos aos patrícios, os plebeus começam a se recusar a ir ao exercito, com a gravidade da situação e já que as magistraturas não estavam resolvendo a suituação da república, que era na verdade a insatisfação da plebe foi criado os triunviratos, (que seria o governo de três). Os três primeiros foram Julio Cesar, Pompeu e Crasso, o primeiro triunvirato da república foi de 60 a 44 a.C. era dividido por áreas conquistadas. Pompeu ficou com a HISPÂNIA (península Ibérica) Julio Cesar ficou responsável pela Gália (França atual) Crasso, ficou com a Ásia e a África, Julio Cesar foi um triunvirato muito expoente na república, nunca foi imperador, mas seu nome virou sinônimo, ele dominou quase toda a Gália sozinho. O trinvirato nem sempre foi harmonioso, a república valorizava muito os generais, eles eram homenagiados de duas formas a ovação – ele caminha pela periferia de Roma, e o triunfo – é a homenagem aos generais que tiveram grandes vitórias, ele entra na cidade junto com parte de sua tropa e vai até a parte sagrada da cidade nos templos com parte do seu espólio de guerra e alguns prisioneiros, ele vem vestido de púrpura e na mão traz um cedro de marfim, na mesma posição de júpiter o deus dos deuses romano, este general vitorioso recebe o título de imperator.

Não bastando todo desentendimento entre eles, Julio Cesar se apaixona por Cleópatra 7ª, que era da áera de Crasso, que não gostou, mas Crasso morre em uma guerra, com isso Julio Cesar não vai sair do Egito, sem voltar para Roma, Pompeu aproveita essa situação e se proclama cônsul vitalício, Julio Cesar não gostou e volta para Roma para matar Pompeu, mas a história conta que Pompeu morreu no Egito, com isso Julio Cesar volta para Roma e se proclama governador vitalício, o senado então percebendo que tinha dois governadores querendo governar sozinho, manda chamar Julio Cesar e o mata no senado é o fim do 1º triunvirato.

Posteriormente foi formando o 2º triunvirato, seu período foi de 40 a 31 a.C. durante os quatros anos do fim do 1º triunvirato para o início do 2º ocorreu um caos completo em Roma, o 2º triunvirato foi formado por Marco Antonio, Lépido e Otávio. Marco Antonio que era cônsul fica com o oriente, parte do Egito (África) e parte da Gália, Otavio que era general ficou com a península Itálica, e o Lépito que tambem era general ficou com a África e uma parte pequena da Gália.

Marco Antonio se envolve com Cleópatra, a mesma de Julio Cesar, com isso vai ser criada uma nova briga, mas entre Marco Antonio e Otávio. Os dois resolvem eliminar Lépido para dividir sua parte, Lépido percebe e foge para a Ásia, e a historia não tem ideia do seu fim. Mas isso não resolve o problema entre eles pelo contrário a coisa piora, Marco Antonio percebeu que Otávio queria o poder assim como ele. Otavio então avisa os romanos que Marco Antonio tinha um filho egípcio, o Cesarium, que na verdade era filho de Julio Cesar com Cleópatra, com isso Otavio insufla a população de Roma, que o autorizou a levar um exercito ao Egito, e matar Marco Antonio, e Cleópatra, o Otávio foi o grande vitorioso e implanta o império, já que ele já tinha o titulo de imperator. (Quanto a morte de Marco Antonio e Cleópatra existem varias versões não comprovadas historicamente que dizem que ele se matou junto com Cleópatra.

domingo, 16 de agosto de 2009

Devoção e vida cotidiana à volta da Igreja do Carmo no séc. XVIII

Restauração da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé

Capacitação de professores

Palestra: Devoção e vida cotidiana a volta da Igreja do Carmo no séc. XVIII

Devoção e vida cotidiana à volta da Igreja do Carmo no séc. XVIII

Mary Del Priore: Historiadora membro do IHGB

Professora do curso de pós-graduação da UNIVERSO / Universidade Salgado de Oliveira

Em janeiro de 1747, na presença do senhor Bispo e dos membros da Câmara foi lançada a pedra fundamental do templo dedicado a Nossa Senhora do Carmo. Nesta época, segundo um viajante de passagem, "O Rio de Janeiro não era grande". Não por falta de espaço, pois, na parte traseira da cidade havia um agradável prado, rodeado por montanhas. O centro urbano, contudo, se concentrava exatamente na frente da futura igreja, ou seja, no Largo do Paço, também conhecido como terreiro da Polé, porque aí se erguia o pelourinho, temido por castigar ladrões e escravos.

A rua mais freqüentada, onde se encontrava o maior número de estabelecimentos comerciais era, então, chamada pelos habitantes de rua grande. A hoje, 1° de março, por sua vez, era bastante larga e muito comprida, permitindo a passagem de até três carruagens ao mesmo tempo. O convento de São Benedito, cuja a igreja era considerada a mais bonita, estava situado no fim dessa rua. No extremo oposto, se achava o convento dos jesuítas. "No meio da rua principal, do lado do mar, situa-se a casa do governador que – conta-nos o francês viajante – não é grande coisa. Há muitas outras ruas menores, mas que não deixam de ser bonitas, bem traçadas e repletas de casas bem".

A história da Igreja, instalada no mais importante da cidade começou com música e festa. No dia em que tiveram início às obras, a praça do largo do Paço estava enfeitada. Das janelas das casas pendiam os mais finos tecidos e melhores colchas da Índia. As ruas que dela saíam tinham sido atapetadas com capim cheiroso e folhas de laranjeiras. Um cortejo de tambores acordara a comunidade enquanto uma orquestra de trombetas, tambores e címbalos convidavam o povo a se alegrar com a novidade. Repicavam, alegres, os sinos. Passavam os estandartes das irmandades religiosas. Alguns moradores caiaram e iluminavam as fachadas de suas casas com as chamadas "festivas luminárias", panelinhas de barro contendo azeite de mamona e uma ponta de algodão que se acendia. Os mais pobres usavam cascas de laranja como recipientes. Mas o barulho das festividades que marcaram a inauguração da igreja, servia, também, para encobrir a tensão que existia entre o bispo e as irmandades de N. S. Do Rosário e S. Benedito ansiosas por estabelecer um templo para seus devotos, os mulatos e negros livres e escravos, que não podiam se misturar aos brancos livres.

A vista que se tinha, nesta época, da Igreja, dava para um pobre terreiro à beira-mar. Além dele, se viam as praias ainda desertas de Niterói e as várias ilhotas dispersas no fundo da baía. O embelezamento do Paço começou, em 1735, quando o Governador Gomes Freire de Andrade resolveu construir aí a sede do governo: um prédio de dois andares feito em pedra lavrada. O terceiro piso, com 12 janelas, só foi levantado, mais tarde, por D. João VI, em 1814. Em 1770, outra novidade: o vice-rei Luís de Vasconcellos mandou erigir um cais de atracação, com três escadas para o mar e uma rampa para embarcações. Ele foi inaugurado em março de 1789. Bem no meio do cais, dando para as águas da baía, pronto a abastecer com água potável tanto os navios que chegavam quanto a população, o chafariz "da pirâmide", obra de mestre Valentim. Graças a todas estas modificações, o Largo do Paço com sua bela igreja se tornou um dos lugares mais animados da pequena cidade do Rio de Janeiro, na segunda metade do século XVIII.

Diante das grandes portas de madeira lavrada do Carmo, cruzava a praça, em lombo de burro ou de escravo, tudo o que servisse como provisão nas embarcações: charque, açúcar, cachaça, tabaco e lenha. A cidade era um porto de escala para navios estrangeiros, sem contar que o aumento do comércio internacional, a partir de 1808, deixou este ponto ainda mais vivo. Disputavam cada pedaço de chão de terra batida, desde canoeiros a plantadores da roça que vinham expor seus produtos, a marinheiros e traficantes de escravos carregadores brancos e de pés descalços assim como escravos africanos, curvados sob o peso de fardos. Dezenas de escravos de ganho, com seus tabuleiros na cabeça, ofereciam alimentos preparados em casa, bebidas refrescantes ou frutas da estação. Na rua grande, se apertavam, lado a lado, lojas e empórios com seus produtos expostos à porta. Do fundo dos corredores vinha o barulho dos pregões e do vozerio de vendedores e compradores; uns expondo as mercadorias, outros, regateando o preço. Sacos de secos e molhados, se acumulavam junto às gaiolas com galinhas, macacos, lagartos e porcos do mato.

Um pouco mais abaixo, viam-se os tabuleiros do mercado de peixe, de onde partiam os gritos dos comerciantes oferecendo os seus produtos a preço baixo. Um odor nauseabundo inundava as narinas de quem passasse. O mercado de escravos não ficava longe e era comum que vendedores expusessem sua mercadoria, para melhor análise do comprador, nas imediações do Arco do Telles. Das varandas fechadas com treliças, no segundo andar dos sobrados eu cercavam a praça, mulheres observavam sem ser vistas.

Em quase todas as esquinas da rua grande, se podia encontrar um pequeno nicho onde estava colocada uma imagem da Virgem ou de outros santos, imagem eu permanecia iluminada por uma lanterna à noite. Todo o final de tarde, o povo se reunia em torno deles para cantar o rosário. Até as prostitutas que ofereciam seus favores aos passantes, próximos ao Arco do Telles, não admitiam começar a trabalhar antes de findas as Ave-Marias.

Um marido jamais caminhava ao lado de sua esposa na rua grande ou em qualquer outra. Ele seguia alguns passos à frente, sempre com sua espada a mostra sob o manto. Á esposa se fazia acompanhar algumas vezes dos parentes ou dos amigos e, impreterivelmente, de muitas negras e mestiças que a seguiam em fila indiana; essas escravas usavam vestidos e traziam cabelos cobertos por um lenço ou peça de musselina. Mesmo quando carregadas em cadeiras ou redes, as mulheres não dispensam tal cortejo, como registraram vários viajantes estrangeiros.

Os escravos que circulavam nas imediações do Paço, - contam, também, os viajantes – mostravam o abandono em que viviam. Os homens andavam quase nus, vestidos com um calção, ou quando as voltas com suas sandálias diárias, com um simples pano. Alguns tinham, contudo, uma camisa e um casaco. Os negros libertos portavam as mesmas vestes e o mesmo manto dos brancos. As mulheres vestiam saia e um tipo de camisa, parecida com as nossas camisas de homem, cuja parte da frente era aberta e ligada por um colete. Elas não ousavam aparecer na rua durante do dia. Só era possível vê-las aos domingos e dias de festa, na missa. Algumas poucas tinham liberdade de sair no final da tarde para cantar o rosário. Quando saíam de casa, portavam sempre uma grande capa de lã de aproximadamente duas varas de altura por uma de largura. E isto independentemente do calor de que fazia. A capa era ajustada de tal modo que a diagonal ficava no meio das costas; uma das pontas era utilizada como um capuz semelhante aquele dos carmelitas e agostinianos, a ponta oposta servia para esconder o rosto; as duas outras cobriam os ombros e os braços cruzando-se sobre a cintura. As negras usavam, na rua ou no campo, um chapéu para se protegerem do sol. Evitava-se mostrar o rosto e sobretudo, que elas levantassem os olhos para eles. Uma mulher que encarasse um homem era considerada uma despudorada.

A construção da igreja animava outra atividade social importante: a missa diária e em dias de festa. As mulheres chegavam por volta das sete horas da manhã acompanhadas de familiares e escravos. Sentadas no chão, esperavam o momento de se confessar conversando entre si chupando laranjas. Os ofícios eram longos e acompanhados de música. Por vezes, se ouviam até acordes de músicas profanas. O famoso músico, Padre José Maurício, mulato e pai de cinco filhos, executou ai peças que rivalizavam com a produção musical européia, da mesma época. As igrejas ficavam então, magnificamente iluminadas. Não faltaram viajantes estrangeiros a dizer que este momento era aguardado com muita ansiedade, pois se constituía numa das raras oportunidades para as mulheres se vingarem do excessivo ciúme dos maridos, escapando ao estado opressivo em que viviam. As igrejas eram de fato, lugares onde jovens enamorados trocavam sinais e aproveitavam o escuro de alguns altares para se beliscar, gesto de afeto, outrora. Ou para se enviar recados. E no escurinho dos ofícios, como dizia um padre, "por vezes, Deus dava licença ao Diabo".

Para os habitantes o Rio de Janeiro, a rua grande e a igreja do Carmo significaram no século XVIII, um espaço privilegiado. Espaço que investia o território urbano de sociabilidades plurais. A rua grande invadia o espaço sagrado da igreja, graças às vozes dos escravos oferecendo seus tabuleiros, dos comerciantes anunciando seus produtos, dos dialetos estrangeiros dos vários navegantes que por sua porta passavam, do choro dos africanos ao desembarcar na terra estrangeira. Ela era palco de trabalho, de relações afetivas, de discussões, de espetáculos e mesmo de morte. Já a Igreja do Carmo, traduzia a devoção e a identificação religiosa de toda uma população. Dela saíam as mais importantes procissões: a do enterro na noite da Sexta-Feira da Paixão, com tochas, archotes e cantos fúnebres, e a de corpus Christi, com a tropa militar formada e a presença de São Jorge, guerreiro armado e a cavalo. Mas o espaço sagrado foi também cenário de acontecimentos políticos importantes. Elevada a Capela Real em 1817, a Igreja do Carmo foi o palco o casamento de D. Pedro I com Leopoldina de Habsburgo. E nela mesma, já elevada a catedral em 1824, o imperador jurou, em 25 de março, a primeira constituição brasileira.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

Helen Keller

A Experiência De Helen Keller

No desenvolvimento mental do espírito, é evidente a transição de uma forma a outra – de uma atitude meramente prática a uma atitude simbólica. Todavia, este passo é resultado de um processo lento e contínuo. Não é fácil distinguir as etapas individuais deste complicado processo pelos métodos usuais da observação psicológica. Existe, porém, outro caminho de se obter plena visão do caráter geral e da extraodinária importância dessa transição. A própria natureza, por assim dizer, realizou uma experiência capaz de projetar luz inesperada sobre o assunto em questão. Temos os casos clássicos de Laura Bridgman e Helen Keller, duas crianças cegas e surdas-mudas, que, por meio de métodos especiais, aprenderam a falar. Embora estes casos sejam bem conhecidos e tenham sido tratados com frequência na literatura psicológica, vejo importância em recordá-los mais uma vez por encerrarem, talvez, a melhor ilustração do problema geral de que nos ocupamos. A Sra. Sullivan, professora de Helen Keller, registrou a data exata em que a criança realmente principiou a compreender o sentido da linguagem humana. Cito-lhes as próprias palavras:

"Preciso escrever-lhes uma linha hoje cedo porque algo muito importante aconteceu. Helen deu o segundo grande passo em sua educação. Aprendeu que tudo tem um nome, e que o alfabeto manual é a chave de tudo o que ela deseja saber.

...Hoje cedo, enquanto se lavava, ela quis saber o nome correspondente a "água". Quando quer saber o nome de alguma coisa,ela aponta para essa coisa e dá umas palmadinhas na minha mão. Soletrei "á-g-u-a" e não pensei mais no assunto até depois do café... (mais tarde) fomos à casa da bomba, e fiz que Helen segurasse sua caneca debaixo da bica, enquanto eu bombeava. Ao jorrar a água fria, enchendo a caneca, escrevi "a-g-u-a" na mão aberta de Helen. A palavra, que se juntava à sensação de água fria que lhe escorria pela mão, pareceu sobressaltá-la. Deixou cair a caneca e quedou como que paralisada. Nova luz iluminou-lhe o rosto. Soletrou "água" várias vezes. A seguir, inclinou-se até o solo e perguntou-lhe o nome, apontando para a bomba e o caramanchão e, voltando-se de repente, perguntou o meu nome. Soletrei "professora". Durante a volta para casa mostrou-se excitadíssima, e aprendendo o nome de todo o objeto que tocava, de modo que, em poucas horas, havia acrescentado trinta palavras novas ao seu vocabulário. Na manhã seguinte, levantou-se como uma fada radiosa. Adajou de um objeto a outro, perguntando o nome de tudo e beijando-me alegremente. Tudo agora precisa ter um nome. Aonde quer que vamos, pergunta, ansiosa, os nomes das coisas que não aprendeu em casa. Espera, sôfrega, que os amigos soletrem e vive aflita por ensinar as letras a todas as pessoas que encontra. Abandona os sinais e a pantomina que antes empregava, uma vez que dispõe de palavras para substituí-los, e a aquisição de uma palavra nova lhe proporciona o mais intenso prazer. E notamos que seu rosto se torna cada dia mais expressivo."

O passo decisivo que leva do uso de sinais e pantominas ao uso de palavras, isto é, de símbolo, não poderia ser descrito de maneira mais notável.

( Ernest Cassirer, Antropologia filosófica, p. 62-64.)

Texto de Carlos Rodrigues Brandão

Texto de Carlos Rodrigues Brandão

Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes responderam agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa:
"...Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.
...Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles homens".


Carlos Rodrigues Brandão

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Rio De Janeiro























Este post terá a pretenção de ser definitivo sobre a representação visual da Cidade do Rio de Janeiro em qualquer época.


ZONA SUL


Av. Atlântica nos anos 60 ainda sem ampliação



CENTRO





Av. Rio Branco em 1954





Av. Nilo Peçanha em5 de junho de 1940








Cinelândia com o palácio Monroe ao fundo


Igreja da Candelária e Av. Presidente Vargas na década de 50

Av. Central hoje Av. Rio Branco com o então Morro do Castelo ainda em pé do lado esquerdo

Central do Brasil


BONDES E ETC....


Estação de Bonde 1892



Bonde do Arpoador foto de Marc Ferrez



Linha de ônibus estrada de ferro Leblon n° 12, o popular camões, nos anos 50

Bonde da Rua do Catete



Ônibus em Copacabana, via túnel novo, 1931



O Bonde do Catumby no carnaval, escrito assim mesmo com y



O Bonde 172 de Ipanema


Estação de bonde em 1903


Um bonde e um Camões na Av. Nossa Senhora de Copacabana



Sem qualquer identificação



O bonde do Alto da Boa Vista



O Bonde 56 Alegria, a foto mais especial pra mim

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Auto Retrato de Edward Hooper



Edward Hooper nasceu em 22 de julho de 1882 no Estado de Nova York, e nessa mesma cidade ele foi aluno do professor Robert Henri, que encorajava seus alunos a desenvolverem uma arte que fizesse "um movimento no mundo", este professor foi uma grande influência para Hooper. Os estudantes de Henri, muitos dos quais desenvolveram-se artisitas importantes, tornaram-se conhecidos com a Escola de Ashcan de arte norte-americana.

Ao completar sua educação formal Hooper fez três viagens pela Europa para estudar a cena emergente da arte européia, mas diferente de muito dos seus contemporâneos que imitavam as experiências abstratas do cubismo, o idealismo dos pintores realistas ressonou com Hooper. Ele logo projetou os reflexos da influência realista.

Enquanto trabalhou por vários anos como artista comercial, Hooper continuou pintando. Em 1925 ele produziu casa ao lado da ferrovia.



Esse é um dos seus trabalhos clássicos que marcou sua maturidade artística. A obra é a primeira de uma série da cena totalmente urbana e rural de linhas finas e formas largas, feita com uma iluminação incomum para capturar a solidão que marca a sua obra. Ele trouxe seu tema das características comuns da vida norte-americana - estações de gasolina, hotéis, ferrovia, ou uma rua vazia.

Hooper continuou pintando na sua velhice, dividindo seu tempo entre Nova York e Truro em Massachusetts, ele morreu em 1967 no seu estúdio próximo ao Washington Square Park, na cidade de Nova York, sua esposa a pintora Josephine Nivision morreu dez anos depois, ela doou o seu trabalho para Whitney Museum Of America Art, outros trabalhos importantes de Hooper estão no Museus de Arte Moderna De Nova York, no The Des Moines Art Center e no Instituto de Arte de Chicago




FONTES
-------------------------------------------------------------------------------------------------
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Hopper
http://www.hopper.com.br/

“Penso, logo existo”

"Penso, logo existo"

René Descartes


 

A célebre e famosa frase do filósofo Frances do séc. XIV traz na sua simplicidade a base de todo o pensamento racional, apesar de Descartes ter incluído no seu Discurso Sobre o Método a prova de que Deus existe até mesmo o mais crente estudioso concorda que a defesa do argumento da existência de Deus no Discurso Sobre o Método de Descartes é a base mais fraca do seu argumento, chegando logicamente a conclusão de que a inclusão desse tomo na obra foi algo impelido pela Santa Madre Igreja.


 

Agora pensando sobre a frase, chegamos ao pensamento sobre o pensamento. Afinal o pensar existe?


 

Pergunto? O pensamento é algo real ? Para tanto ter-se-ia antes que se chegar a conclusão do que é o Real.

    Portanto o meu discurso racional parte do princípio da existência de dois tipos de realidade. A Macro-realidade e a Multi-realidade.

Mas a frente voltarei a falar sobre essa divisão, primeiro voltando ao pensamento, partiremos do princípio de que o pensamento é algo real, não material, porém real, a gravidade e o eletromagnetismo também não são materiais, e no entanto são forças reais. Partindo então da conclusão de que o pensamento é real, passamos ao segundo passo, com a pergunta o que é então o pensamento? já que ele é real, a Percepção é a primeira base e pilar do pensamento, pois se não há percepção não há o que pensar.


 

Então pensemos sobre a percepção humana, a percepção é limitada aos seus sentidos, visão, tato, olfato, paladar, audição, logo sendo estes meios muitos parcos de percepção surge dentro do pensamento o complemento final e segundo pilar importante, a Imaginação.


 

Ou seja, tudo aquilo do real que não pode ser percebido pelo homem é imaginado, ou seja limitado pela percepção, um homem não pode saber o que se passa a 40 km de distância dele, porém se for a ele fornecido informações sobre o que acontece a essa distância, baseado no acumulo de informações que esse ser humano possuí, acumulo de informações essas que no passado lhe foram transmitidas dentro do seu poder sensorial, pois bem, baseado nessas informações um ser humano consegue imaginar o que se passa a essa distância, mas isso não torna o que ele imaginou real.


 

Porém da mesma forma o homem é capaz de imaginar e tornar real, pois se um pintor imagina um quadro ele o pinta e o faz real, a minha pergunta é a seguinte, se o pensamento é real então no momento em que o pintor imaginou o quadro ele já era real, só não materializado, porém já existia na realidade.


 

Agora eu vou falar sobre a realidade, o que eu chamo de macro-realidade é o real fora da percepção humana, vejamos, o universo é real, pois se ele já existia antes do ser humano, ele surgiu antes da percepção, pois o nascimento da percepção se dá com a chegada do ser humano, então macro-realidade é o todo real percebido e não percebido pelo ser humano.


 

Agora a Multi-realidade, a multi-realidade é o real dentro do pensamento assim como o quadro, ele existe na multi-realidade do pintor e quando materializado passa a existir dentro da macro-realidade, e possivelmente dentro da multi-realidade de todos aqueles que o verem, logo o quadro passa a existir dentro da macro-realidade, mas se eu não fico sabendo da existência desse quadro, ele então não existe dentro da minha multi-realidade, apesar de já existir dentro da macro e da multi do pintor.


 

Sendo assim eu coloco a divisão do pensamento entre percepção e imaginação

E a divisão da realidade entre macro-realidade e multi-realidade.


 

Assim nasceu Deus como a percepção não o alcançava, chegou-se a ele então pelo meio que resta a imaginação, mas assim como o homem que a 40 km de distância de casa consegue imaginar o que se passa lá na sua casa, o ser humano imagina seu Deus, mas assim como a imaginação do homem longe de casa não acerta o que lá se passa, também para ser humano não se pode afirmar que Deus seja Real.


 

Quer dizer Deus é Multi-real e não Macro-real


 

Falto acrescentar aqui aquilo que estive pensando sobre o instinto o instinto é algo inerente a todos os seres vivos mais o que é de fato o instinto. O instinto está ligado a perceção


 

Procurar o macaco nu ?????????????


 

Instinto é uma palavra usada para descrever disposições inatas em relação a ações particulares. Instintos geralmente são padrões herdados de respostas ou reações a certos tipos de situações ou características de determinadas espécies. Em humanos, eles são mais facilmente observados em respostas a emoções. Instintos geralmente servem para pôr em funcionamento mecanismos que evocam um organismo para agir. As ações particulares executadas podem ser influenciadas pelo aprendizado, ambientes e princípios naturais. Geralmente, instinto não é usado para descrever uma condição existente ou status quo.

Exemplos podem ser observados no comportamento de animais, que executam várias atividades (às vezes complexas) que não são baseadas com base em experiências anteriores (tal como reprodução e se alimentando de insetos). Outros exemplos incluem luta de animais, comportamento animal em relação ao galanteio e funções internas de fuga.

Alguns sócio-biólogos e etólogos têm tentado compreender o comportamento social humano e animal em termos de instinto. Psicanalistas afirmaram que o instinto se refere a forças motivacionais humanas (como sexo e agressão). Esse uso do termo foi sumariamente descartado. As forças motivacionais entre humanos são agora de uma forma geral referidas como impulso instintivo.